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Tratamento para espondilolistese

Correção da patologia e alinhamento da coluna lombar

Hoje trago um interessante caso de uma paciente de 70 anos, que sofria com diagnóstico de espondilolistese grau II — numa escala de I a V — em L4/L5. Essa doença provoca o escorregamento de uma vértebra sobre a outra, devido à lesão da articulação posterior da coluna, que promove estabilidade do segmento afetado. Uma vez lesionada, deixa de estabilizar o segmento acometido. 


Além dos problemas citados, a patologia provoca inúmeros fatores degenerativos. Neste caso, compressão grave da medula, que acarretou: dor lombar excruciante, com pinçamento e perda repentina de força aos movimentos bruscos rotacionais, associados à irradiação severa da dor para membros inferiores; e quadro que chamamos de claudicação neurogênica (dificuldade de marcha devido à compressão medular grave), o que fez com que a paciente se encontrasse em grave estado de saúde, deambulando apenas com uso de andador e limitando a marcha ao ambiente domiciliar.


Processo cirúrgico e resultado


Após analisar todo o quadro, decidimos por iniciar com abordagem anterior (abertura no abdômen), para retirada dos discos de L3/L4, L4/L5, L5/S1, e substituição deste espaço discal por prótese conhecida como ALIF (Anterior Lumbar Interbody Fusion). As próteses simétricas e corretivas permitiram a reconstrução da lordose lombar e melhora do alinhamento do plano sagital (visto de lado), além de  correção do alinhamento no plano coronal (visto de frente). Em seguida, realizamos fixação com parafuso pedicular, por via posterior (abertura pelas costas), em um sistema que permite a correção do escorregamento associada à descompressão importante das estruturas nervosas. Para a consolidação, utilizamos enxerto ósseo.



Como resultado, em 30 dias de pós-operatório a paciente estava totalmente assintomática e vem evoluindo de maneira esplêndida. Devido sua condição anterior, está em fase de repouso relativo e em início de longos períodos de reabilitação fisioterápica. Acreditamos que deve estar de volta às atividades esportivas leves, como hidroginástica, em cerca de três meses de pós-operatório. 


Agradeço a minha equipe e a todos os envolvidos no tratamento dessa paciente, sobretudo pela dedicação e excelente resultado que vimos no final. Saber que colaboramos para devolver o mínimo de qualidade de vida a alguém, que alinhamos sua coluna e tiramos sua dor, é realmente muito gratificante.


Se você apresenta dores na coluna, não desista de procurar o tratamento adequado ao seu caso. Nunca é tarde para receber o atendimento que precisa.


Abraço,


Dr. André Evaristo Marcondes

São Paulo, 05 de novembro de 2020

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