Excelente resultado com tratamento conservador
O caso que hoje trago para você é extremamente raro e interessante. Como vai perceber, é evidenciada a importância do conceito que eu sempre compartilho: a necessidade de individualização do tratamento para cada paciente e, em especial, da prevalência da clínica sobre exames de imagem.
O paciente sofria com uma hérnia de disco extrusa em L4/L5, extremamente volumosa e com migração caudal. Isso significa que o disco intervertebral se rompeu e o núcleo gelatinoso vazou, o que traz sérias complicações para o paciente, que evoluía com quadros de dores excruciantes.
No entanto, ao analisar cuidadosamente sua situação, optamos por iniciar um tratamento conservador, ou seja, sem cirurgia. Para a nossa surpresa, após cerca de 15 dias do início do tratamento, realizado com bloqueios, o paciente apresentou melhora total do quadro de dor. Durante o longo prazo que estabelecemos para acompanhamento, os exames de ressonância seriadas também mostraram claramente a absorção do fragmento herniado pelo próprio sistema de defesa do paciente, como você pode observar nas imagens.
Pelo tamanho e característica da lesão, este caso poderia facilmente ser cirúrgico e se a decisão médica tivesse sido esta estaria totalmente correta e dentro dos princípios éticos legais. No entanto, como ressaltado no início, o paciente evoluiu bem com tratamento não-cirúrgico, de modo que decidimos dar continuidade e atingimos o objetivo final sem a necessidade de intervenção mais agressiva.
Casos como este, ressaltam a importância da experiência do profissional e da capacitação para tratamento da subespecialidade da cirurgia de coluna. Aliado ao atendimento humanizado e moldado às necessidades do paciente, as chances de restabelecimento da qualidade de vida são muito maiores.
Se você sente dores na coluna, procure um especialista que possa analisar o seu caso e verificar as melhores opções para você.
Abraços,
Dr. André Evaristo Marcondes
São Paulo, 21 de novembro de 2020