Conheça o caso
Apresento o caso de uma paciente extremamente jovem, na casa dos 35 anos, e que apresentou discopatia (doença do disco) classificada como Pfirrmann IV (degeneração grave do disco com perda parcial da altura discal), em decorrência de hérnia de disco extrusa no segmento L5-S1. Neste caso, aconteceu a destruição do disco intervertebral com extravasamento do conteúdo interno do disco e compressão das estruturas radiculares posteriores ao disco intervertebral. Te convido a me acompanhar neste relato.
Conheça alguns sintomas
A lesão desencadeava casos de dor lombar excruciante com irradiação para o membro inferior direito, além de alteração da sensibilidade e da força motora no membro citado. Há quatro anos a paciente foi submetida a um procedimento minimamente invasivo conhecido como Microdiscectomia Lombar, onde o fragmento discal herniado é retirado com o auxílio de um microscópio cirúrgico, permitindo assim a descompressão da raiz nervosa e alívio sintomático, em especial da dor ciática e irradiação para membros inferiores.
A paciente evoluiu bem no período de pós-operatório imediato e tardio, com resolução do quadro de dor ciática e alívio relevante do quadro de dor lombar por aproximadamente três anos e meio. Passado esse tempo, apresentou nova dor abrupta e aguda, retornando o quadro de dor lombar e dor ciática à direita devido à recidiva da hérnia de disco lombar no mesmo segmento, ou seja, a paciente apresentou novo extravasamento do conteúdo discal no local operado, desencadeando o ressurgimento de quadro álgico excruciante, novamente associado à perda de sensibilidade e de função motora.
O novo procedimento cirúrgico
Tendo em vista a prévia tentativa de tratamento cirúrgico minimamente invasivo para ressecção da hérnia de disco ter falhado após três anos e meio, foi decidido por abordagem cirúrgica por via anterior (transabdominal e pouco invasiva) para retirada de todo o conteúdo discal desse segmento e substituição do disco intervertebral lesado por prótese de disco de terceira geração, que se caracteriza por simular a anatomia normal de um disco, reequilibrando e reestruturando o segmento previamente acometido pela patologia.
Artroplastia de terceira geração
Dessa forma, o segmento previamente acometido por grave hérnia de disco e pela consequente reincidência foi reconstruído através da artroplastia de terceira geração, com devolução da altura discal normal, reconstrução da lordose segmentar anatômica, descompressão direta e indireta das estruturas comprimidas pelo fragmento herniado, além da manutenção de movimento normal no segmento operado, restabelecendo desta forma a anatomia normal do disco.
O pós-operatório
A paciente hoje, no dia que escrevo este texto, está com quatro dias de pós-operatório, já deambulando normalmente e sem queixas álgicas, tanto em coluna lombar quanto em membro inferior direito. Já recebeu alta hospitalar e está em ambiente domiciliar, devendo estar praticamente reabilitada com 60 dias de pós-operatório, e totalmente reabilitada entre 90 a no máximo 120 dias. Foi devolvida a qualidade de vida da paciente, além da retirada total dos sintomas, tanto álgicos, quanto neurológicos, que apresentava.
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus por ter me presenteado com o dom de ajudar a quem tanto necessita, e a toda minha equipe pelo apoio de sempre. Por fim, vale lembrar que você não deve se acostumar com a dor, busque conhecer as opções de tratamento moldadas ao seu caso.
Abraços,
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